Finalmente, o Episódio IX de STAR WARS, A Ascensão Skywalker, estreou no Brasil, e é claro que eu tive que conferir na estréia. Assim, precisamente às 00:01 do dia 19/12/2019, eu e meu filho (meu padawan) fomos assistir ao último capítulo da nova trilogia do maior épico espacial do cinema.
Após dirigir O Despertar da Força, o diretor J.J.Abrams cedeu a condução de Os Últimos Jedi para Rian Johnson. Embora tenha sido considerado uma cópia de Uma Nova Esperança, O Despertar da Força foi um grande sucesso, mas Os Últimos Jedi dividiu a crítica e o público, levando Abrams a retomar a cadeira de diretor na conclusão da saga dos Skywalker. A tarefa não era fácil: além de concluir satisfatoriamente a maior saga do cinema, Abrams tinha que desfazer o gosto amargo que o capítulo anterior deixou em parte do público e incluir tudo que funcionou não apenas nos dois capítulos anteriores, mas também de todos os filmes da saga. Será que conseguiu? Não se preocupem, a crítica será sem spoilers...
Como nos filmes anteriores, o filme acompanha os arcos dos três heróis principais, Rey (Daisy Ridley), Finn (John Boyega) e Poe (Oscar Isaac), e do vilão Kylo Ren (Adam Driver), além das participações de personagens clássicos, como Leia (última participação de Carrie Fischer, que morreu em 2016 mas já tinha gravado a maior parte de suas cenas), Chewbacca (Joonas Suotano), C3PO (Anthony Daniels) e Lando (Billy De Williams, em sua primeira participação na nova trilogia).
Enquanto Rey treina para enfrentar Kylo Ren, agora o novo líder supremo da Primeira Ordem, Finn e Poe continuam na missões a favor da resistência, agora reduzida a poucos, mas ainda liderada por Leia, que assumiu o papel de Mestre no treinamento de Rey. O grande obstáculo agora é a misteriosa volta do Imperador Palpatine, que move toda a trama de A Ascensão Skywalker.
A trilha sonora e os efeitos especiais como sempre estão excelentes, mas o filme apresenta alguns problemas, como o pouco aprofundamento nos arcos de Finn e Poe, embora ambos ganhem contrapartes femininas e funcionem como alívios cômicos. Alguns personagens são desperdiçados, como Chewbacca, que não tem muito o que fazer no filme, e C3PO, que tem um grande e emocionante momento mas que é esvaziado logo depois. Como sempre, nos é apresentado um novo e adorável robô, o pequenino D-O, mas que tem pouca utilidade na trama, a não ser a previsível venda de bonecos e pecinhas Lego.
Rey e Kylo têm o arco mais desenvolvido e a dinâmica entre eles, revelada no filme anterior, rende boas cenas aqui. Seus destinos têm conclusões satisfatórias, com direito a emocionantes participações dos personagens clássicos.
No saldo final, J.J.Abrams consegue dar um final digno aos Skywalker e entrega um espetáculo épico e visual condizente com a maior saga do cinema, mas definitivamente não tem o peso do legado da trilogia clássica. Se eu gostei? Ué, é STAR WARS, é claro que eu gostei!! Mas acho que vai dividir as opiniões mais que OS ÚLTIMOS JEDI...
Por hoje é só! Até a Próxima! Que a Força esteja com você!