sexta-feira, 21 de maio de 2021

DIORAMAS - Uma Evolução do Hobby de Colecionar Action Figures!

Quando o colecionador começa a se aprofundar em seu hobby, é natural que ocorra uma evolução. Por exemplo, um colecionador de quadros pode querer começar a pintar ou restaurar obras antigas; um aquarista pode procriar e vender peixes... Para o colecionador de action figures não é diferente. À medida que a coleção aumenta, é comum que o hobbista sinta a necessidade de restaurar ou customizar seus bonecos. Foi o que aconteceu comigo (como pode ser comprovado quem acompanha o Blog do Onari ou o antigo Onari Blog, na Sessão Gepeto, em que eu customizo ou crio bonecos exclusivos). 

E já que estamos criando, uma coisa que pode valorizar muito as action figures é a criação de cenários, os famosos DIORAMAS. Muito comuns entre os colecionadores de miniaturas militares, os dioramas são cenários reproduzindo determinadas cenas. 

Atualmente, os dioramas cinematográficos têm ficado muito populares e muitos podem ser comprados prontos, como o cobiçadíssimo diorama do primeiro JURASSIC PARK, produzido pela brasileira Iron Studios, ou o raríssimo diorama do filme TUBARÃO, da série Movie Maniacs da McFarlanne Toys.





Outro cenário é mais recente, que é o Torneio All Valley do filme KARATÊ KID, lançado pela NECA. Eu não poderia deixar de ter um, já que sou um grande fã da franquia. Claro que agora todo mundo também é, por conta do estrondoso sucesso da série COBRA KAI, atualmente na Netflix. 


Muitas vezes você precisa comprar várias figuras de uma série para completar o cenário (mais ou menos o esquema das peças BAF da Marvel Legends, que juntas formam uma figura exclusiva). Eu tenho a coleção dos SIMPSONS da época do filme de 2007. Juntando todas as figuras, você tem a família completa num cenário de sala de cinema. O mais legal é que todas as peças tem som! Apertando um botãozinho na frente  da base, sai uma fala de cada personagem! Para quem não tem o clássico sofá, está valendo!


Outro exemplo é a peça mais valiosa da minha coleção, o cenário das TARTARUGAS NINJA da NECA que veio numa caixa da San Diego Comic Con de 2008, autografada por Kevin Eastman, cocriador dos personagens! Embora possam ser comprados separadamente, os meus já vieram juntos na caixa, compondo o cenário de uma rua deserta de Nova Iorque. Sensacional! Nem preciso dizer que é o meu xodó, né?

Mas é claro que é muito melhor construir nossos próprios cenários! Aproveitando um kit pirata (chinês, claro) das TARTARUGAS NINJA da Playmates inspirado no segundo filme (O Segredo do Ooze), fiz um cenário de esgoto utilizando peças hidráulicas velhas, uma caixa de papelão, tinta e papel contact. O que deu mais trabalho foi a parede de tijolos: cada tijolo foi modelado um a um a partir de massa de biscui, pintado e colado! Até que o resultado ficou bom, não é?


Calma, ainda tem mais Tartaruga Ninja! Só para dar um exemplo de que um cenário não precisa necessariamente ser trabalhoso ou caro pra fazer, para esse MICHELANGELLO eu usei uma simples peça de isopor e pintei e fiz um buraco no meio. os detalhes foram feitos com cartolina e a cabeça do RAPHAEL foi esculpida com massa de biscui (as mãos foram aproveitadas de um Michelangello da NECA que estavam sobrando). Como comprei o boneco usado, veio sem os nunchakus e tive que confeccionar novos com capas de agulha e correntinhas. Sem gastar quase nada, fiz um cenário bem legal, né?


Outro diorama em que utilizei isopor e outros materiais simples foi o do MANDALORIANO e BABY YODA (é, eu sei que é Grogu, mas prefiro Baby Yoda). Além do isopor e tinta, para compor o cenário usei EVA, areia, pedrinhas e algumas peças plásticas. Sei que quem é fã de STAR WARS gostou, né?


Para quem não tem muita habilidade manual (ou paciência) e mesmo assim quer um cenário, basta juntar duas ou mais figuras (cada um com sua própria base) e você já tem um diorama mais simples. Abaixo você pode conferir duas figuras customizadas: um personagem obscuro de PIRATAS DO CARIBE que transformei em um vilão mutante e um herói aquático que batizei de SHARKOR (para saber como foi feito, clique aqui). Juntando as duas, já temos um combate acontecendo!


Para encerrar, o último diorama que eu fiz e que apareceu no post anterior, do filme A HORA DAS CRIATURAS (Critters). Para criá-lo, usei um cenário que veio com a GATA NEGRA da Diamond e utilizei um esqueleto que veio com um PREDADOR, um braço de um Tony Stark da época do primeiro HOMEM DE FERRO, um saco de doces de um E.T. da NECA, o cofre que já veio com o cenário e elementos que vieram com o boneco, como a revista Playboy e o VHS do filme Critters 2. Por fim , colei na janela uma imagem de um céu estrelado com um objeto caindo, como se fosse uma nave.


Como visto nos exemplos acima, é possível fazer dioramas bem interessantes usando materiais simples, peças de outros bonecos e, principalmente, muita criatividade e imaginação! Ficou com vontade de criar seu próprio diorama? Mãos à obra!

Por hoje é só! Até a próxima!

 

quarta-feira, 19 de maio de 2021

Sessão Nostalgia: A HORA DAS CRIATURAS (1986)

 


Já faz um bom tempo que não publico nada, e não tem tópico melhor do que a Sessão Nostalgia para o primeiro post de 2021, não é? É claro que eu tinha que escolher um filme trash dos anos 80: A HORA DAS CRIATURAS, de 1986, dirigido por Stephen Herek e estrelado por Dee Wallace Stone (que se destacou em Grito de Horror, E.T. e Cujo) e Scott Grimes (que após ser o protagonista deste e do segundo filme das criaturas, deu uma sumida).

A HORA DAS CRIATURAS (que foi um sucesso nas locadoras, mais conhecido simplesmente como CRIATURAS) foi uma resposta bagaceira ao sucesso de GREMLINS, de 1984, que fora dirigido por Joe Dante e produzido por Steven Spielberg. As criaturas do título são alienígenas peludos e famintos chamados de Krite, que escapam de um asteróide-prisão e acabam aterrisando na Terra, mais especificamente na fazenda da família Brown. Dotados de dentes pontiagudos e espinhos venenosos nas costas, comem tudo que encontram pela frente e rolam pelo chão como bolas de pelo. Perseguidos pro caçadores de recompensa espaciais, provocam destruição em massa por onde passam. O filme seguia a fórmula dos filmes dos anos 80, como a perspectiva de uma típica família americana, efeitos toscos e divertidos, criaturas extremamente carismáticas e o protagonista mirim, vivido por Scott Grimes, o caçula da família Brown.


O sucesso moderado do filme gerou nada menos que 3 continuações. A segunda (de 1988) é uma continuação direta, com Scott Grimes revivendo o papel de Brad Brown e voltando à cidade em plena Páscoa, cenário perfeito para que os ovos deixados no final do primeiro filme gerem mais criaturas famintas. O terceiro filme (1991), bem inferior aos dois primeiros, tem a curiosidade de ser estrelado por um jovem Leonardo DiCaprio em início de carreira, nem sonhando que se tornaria um dos maiores astros do cinema. O quarto filme (1992) é ainda mais obscuro, passando-se no espaço. A quadrilogia pode ser adquirida em um box bem interessante, por enquanto só em DVD.


Surpreendentemente, em 2019 foi lançado um novo filme, CRITTERS ATTACK, reapresentando as criaturas para uma nova audiência.

O filme se destaca pela presença de Dee Wallace Stone, a mãe do primeiro filme! Meio sumida, a atriz volta como uma caçadora badass. Além disso, assim como no primeiro GREMLINS, aqui temos um dos alienígenas que é bonzinho e ajuda os heróis! 


Apesar de bem populares nos anos 80, as carismáticas criaturas não geraram muita memorabilia. Curiosamente, encontrei uma loja virtual (Patim Studio), hospedada no site Shopee, que é do Ceará e é especialista na confecção de miniaturas de filmes famosos! E ela tem várias peças inspiradas nos filmes das Criaturas, com destaque para um diorama muito legal!


Claro que eu não resisti e comprei uma miniatura e customizei meu próprio diorama, que até ficou parecido, não é? Confira abaixo:


Por hoje é só! Até a próxima!

domingo, 7 de junho de 2020

A NOVA ONDA DO JOGOS DE TABULEIRO


Se quando você ouve falar de jogos de tabuleiro as primeiras imagens que vêm à sua cabeça são o xadrez, ludo ou damas, parabéns: você é velho! Agora, se você pensa em War, Banco Imobiliário, Jogo da Vida e Imagem & Ação, você também é velho e ficou parado nos anos 80 e 90. Isso porque nos últimos anos os jogos de tabuleiros (ou boardgames, como são chamados hoje) foram redescobertos e movimentam um mercado bilionário. E em tempos de quarentena devido ao Coronavírus (pelo menos no momento em que esta postagem é publicada, no meio de 2020), nada melhor do que encarar alguma horas com a família jogando um bom jogo, não é?

A REVOLUÇÃO ALEMÃ

Hoje podemos encontrar uma infinidade de jogos, em todas as formas, tamanhos, mecânicas e preços. A nova onda começou em 1995 na Alemanha, com COLONIZADORES DE CATAN, o precursor dos boardgames europeus. Desde então, novos jogos são lançados todos os anos, com grande sucesso não apenas na Europa mas também nos EUA, Ásia e é, claro, na América do Sul. No Brasil, o hobby se consolidou principalmente com a entrada da Galápagos Jogos, que lançou ZOMBICIDE, que já era um sucesso no resto do mundo. 
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Colonizadores de Catan

PRINCIPAIS TIPOS DE JOGOS 

Os boardgames normalmente são classificados por suas mecânicas, por sua interatividade ou por seus componentes (cartas, dados ou miniaturas), sendo que alguns jogos (se não todos) podem se encaixar em mais de um gênero.
COLONIZADORES DE CATAN, o jogo que começou a nova onda, é um exemplo de EUROGAME, gênero que caracteriza jogos que normalmente não utilizam dados, ou seja, não dependem de sorte e tem temática mais voltada para aspectos culturais e geográficos. Outros exemplos são TICKET TO RIDE, PUERTO RICO  e CARCASSONE.

The eurogame gateway trinity: what makes a good gateway game? – Curio

Os jogos do gênero AMERITRASH, por sua vez, são caracterizados por dependerem muito da sorte, geralmente por meio da rolagem de dados e a maioria é temática, muitas vezes baseada em franquias televisivas ou cinematográficas. Outras características são os tabuleiros ou cenários elaborados e o ostensivo uso de miniaturas detalhadas, que acabam movimentando outros hobbies, como colecionar diferentes versões ou pintar as miniaturas. ZOMBICIDE, STAR WARS X-WING, MICE AND MYSTICS, ELDRITCH HORROR, MANSIONS OF MADNESS e GLOOMHAVEN são atualmente os mais conhecidos. 

Zombicide - Galápagos Jogos (pt-br) - 12x S/ Juros - R$ 475,90 em ...
ZOMBICIDE se caracteriza por belos cenários e miniaturas detalhadas.

DUNGEON CRAWLER é um dos meus gêneros favoritos, já que eu já fui um nerd que jogava DUNGEONS AND DRAGONS quando adolescente. Embora beba na fonte dos RPGs, esse gênero joga a temática no universo dos boardgames modernos, utilizando alguns elementos como exploração de masmorras, castelos ou qualquer outro cenário, personagens arquétipos como guerreiros, ladinos, magos e anões e batalhas com monstros típicos como goblins, orcs e dragões, ou transporta tudo isso para outra temática, como atual, futurista ou fabulesca. MASSIVE DARKNESS, ZOMBICIDE GREEN HORDE, DESCENT, SHADOWS OF BRIMSTONE, MANSIONS OF MADNESS e MICE AND MYSTICS são excelentes jogos do gênero mas existem tantos que não caberiam neste post.

Mansions of Madness Board Game  
MANSIONS OF MADNESS é um DUNGEON CRAWLER, o meu gênero favorito.

Os PARTY GAMES são usualmente mais simples e destinam-se a entreter grupos maiores, sendo perfeitos para festas. Dos antigos, talvez o IMAGEM & AÇÃO seja um dos mais conhecidos. Atualmente, bons exemplos são COUP, THE RESISTANCE, DOBBLE e o imbatível DIXIT, talvez o melhor jogo para introduzir novos jogadores no universo dos boardgames modernos.

Best Party Board Games of 2020 for Large and Small Groups
DIXIT é um dos melhores jogos introdutórios no universo dos boardgames.

WARGAMES são essencialmente o que o nome já diz, ou seja jogos de guerra. Descendentes diretos do RISK ou do nosso WAR, geralmente se caracterizam pelo tabuleiro representando um mapa onde se devem conquistar territórios simulando uma guerra, com graus variáveis de complexidade. Se você acha o velho WAR complexo e demorado, é porque você não conhece MEMOIR'44, ou os jogos baseados em GUERRA DOS TRONOS e SENHOR DOS ANÉIS ou o recente RISING SUN...

Rising Sun Review | Board Game Quest  
RISING SUN é um bom exemplo de jogo de guerra moderno...

CARDGAMES nada mais são do que jogos de cartas, embora possam utilizar também tabuleiros, dados e miniaturas em conjunto (embora as cartas precisem ser o elemento principal). Os brasileiros conhecem bem o UNO, MAGIC e até POKEMON, que virou uma febre, mas atualmente temos jogos  dos mais variados tipos, como MUNCHKIN, DOBBLE, IMAGINE, BLACK STORIES, 7 WONDERS e até os infames EXPLODING KITTENS e TACO GATO CABRA QUEIJO PIZZA...

Collectible Card Games | Blakfyre Games
O problema dos cardgames é quando são colecionáveis...

Os JOGOS COOPERATIVOS estão entre os mais populares, principalmente porque é difícil dar briga... Diferentemente dos jogos mais antigos, nos cooperativos o grupo joga em conjunto "contra o tabuleiro". Ou seja, ou todo mundo ganha ou todo mundo perde! Geralmente os jogos são mais difíceis, já que precisam ser desafiadores para os jogadores, mas isso faz parte da diversão. ZOMBICIDE é o exemplo mais conhecido, mas um dos meus preferidos é MICE AND MYSTICS, que é o que eu estou jogando atualmente.

Mice and Mystics - De Spelvogel
MICE AND MYSTICS se ancaixa em vários gêneros: é ameritrash, cooperativo e dungeon crawler...

Existem várias outras classificações, mas essas estão entre as mais conhecidas. Mas o que interessa é que os jogos de tabuleiro vieram para ficar e hoje fazem a cabeça mais dos adultos do que das crianças!

BOARD GAMES: OUTRO ESTILO DE JOGOS DE TABULEIRO - Livrarias Curitiba
E você? O que está esperando pra começar a jogar? Compre um jogo moderno ou simplesmente ache aquele velho BANCO IMOBILIÁRIO, WAR ou JOGO DA VIDA empoeirado, chame a família e agite a quarentena!

POR HOJE É SÓ! ATÉ A PRÓXIMA!

quinta-feira, 26 de março de 2020

Sessão Gepeto: DANIEL-SAN (KARATE KID) com a Roupa de Chuveiro Customizado!


Atualmente estamos enfrentando a pandemia de Coronavírus no Mundo. E já que estamos em casa, em plena Quarentena, nada melhor para passar o tempo do que retomar a nossa querida Sessão Gepeto, em que eu customizo alguma figura de ação para obter um boneco exclusivo! E o escolhido não poderia deixar de ser da minha franquia favorita, Karate Kid! 

Desde que a Neca anunciou a primeira leva de bonecos baseados em Karate Kid, fiquei maluco, já que sou grande fã da franquia (é a campeã de posts do saudoso ONARI BLOG). Já a série seguinte, um pack reproduzindo a cena final do torneio, com Daniel e Johnny com os quimonos virou o meu próximo sonho de consumo! Curiosamente, da primeira leva, as figuras de Johnny Lawrence (com a roupa de esqueleto) e do próprio Daniel-san (com as lixadeiras japonesas e os hashi de pegar mosca) não me chamaram muito a atenção. Por outro lado, achei a figura do sr. Miyagi sensacional e já é uma das favoritas da minha coleção. Como eu adquiri as figuras do Daniel e do Johnny no pack do torneio, tinha a do Daniel-san "sobrando"; assim, pensei em reproduzir uma cena clássica do filme de 1984: o baile à fantasia em que Daniel vai fantasiado de... chuveiro!


Para quem não lembra, no primeiro Karate Kid, Daniel quer ir ao baile encontrar com Ali (Elizabeth Shue), mas está com medo ser visto por Johnny (William Zabka) e seus amigos do Cobra Kai. Assim, o sr. Miyagi faz uma fantasia de chuveiro, aproveitando os materiais de sua oficina, para que o adolescente possa namorar em paz (o que na verdade não dá muito certo, mas é depois dessa cena que o sr. Miyagi revela-se um mestre do karatê, o que muda a trajetória de Daniel, mas não estamos aqui hoje para discutir o filme, não é?)...


Para fazer a fantasia, peguei um pano vermelho (queria igual ao do filme, que é vermelho com bolinhas brancas, mas fazer o quê, né...) e um .arame. Fiz a armação do box, colei o pano com cola para tecido e fiz o chuveiro com um fone de ouvido, massa epoxi e um cordãozinho prateado para simular a água do chuveiro.


Optei por deixar o chuveiro meio aberto, para aparecer o personagem. Pus um "cinto" nele (como se fosse o suporte da fantasia) e deixei com os acessórios que vem com ele, como os hashi e o bonsai, só pra ele não ficar com as mãos abanando.


Até que ficou legal, não? Pena que ele vai apanhar depois... mas tudo bem, que o sr. Miyagi logo salva o moleque!


Esta semana ainda falo do pack do torneio. Por hoje é só! Até a próxima! KIAI!

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

THE MANDALORIAN - Análise da Primeira Temporada

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THE MANDALORIAN estreou em novembro de 2019 como principal atração do lançamento do DISNEY +, canal de streaming da Disney pra bater de frente com a Netflix. Ao contrário de seu concorrente, que lança as séries com as temporadas completas, a DISNEY +  lançou os episódios de THE MANDALORIAN como a TV aberta, ou seja, um episódio por semana. A estratégia deu certo, já que manteve o hype da série até o final, talvez para aproveitar o lançamento de A ASCENSÃO SKYWALKER no final do ano passado. Mas será que a série correspondeu às expectativas?

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Produzida e roteirizada por Jon Fraveau (diretor de Homem-de-Ferro), a série parte de um conceito interessante. Bobba Fett, o primeiro personagem mandaloriano de Star Wars, apareceu em um desenho animado dentro do Star Wars Holiday Special, infame programa de TV que é tão odiado pelos fãs (e por George Lucas) que foi banido do cânone! Mas foi em O IMPÉRIO CONTRA-ATACA que alcançou grande popularidade. Curiosamente, apareceu por apenas alguns segundos, mas seu visual misterioso foi tão marcante que se tornou um dos personagens mais populares, justificando sua participação (e de seu pai, Jango Fett) em O ATAQUE DOS CLONES. Assim, THE MANDALORIAN tinha a missão de contar a história de um personagem da mesma raça de Bobba Fett e foi cercado de .expectativas.
Como o canal DISNEY + ainda não foi lançado no Brasil, a maioria ainda não conseguiu assistir à série. Assim, farei uma resenha  sem spoilers e talvez depois uma análise mais detalhada, ok?

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THE MANDALORIAN se passa 5 anos após O RETORNO DE JEDI e conta a jornada de um caçador de recompensas mandaloriano apelidado de Mando. Emulando os filmes de faroeste (e de samurai), a série acompanha uma missão de Mando que não acaba como planejado, deixando o protagonista em um complicado dilema: encarregado de capturar uma misteriosa criança para remanescentes do Império, ele se arrepende e decide tomar conta do bebê, o que o coloca no encalço de soldados imperiais e de outros caçadores de recompensa. Além de Mando (Pedro Pascal), os outros personagens principais são Kuill (Nick Nolte) um ex-escravo com passado misterioso que ajuda o protagonista; Greef Carga (Carl Weathers), o chefe da Guilda dos Caçadores de Recompensas da qual Mando faz parte; o imperial que solicita a captura da criança (Werner Herzog); Cara Dune (Gina Carano), ex-integrante do exército imperial; IG-11 (voz de Taika Waititi), um dróide caçador de recompensas e Moff Gideon (Giancarlo Esposito), o principal vilão da série. 


Mas é claro que o grande destaque da série é o tão falado Baby Yoda, a criança que fica sob responsabilidade de Mando! Já foi tão comentado web afora que nem é spoiler mais... Roubando a cena sempre que aparece, o personagem transborda carisma e fofura e virou a sensação da internet desde que foi revelado no final do primeiro episódio.

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Atuando de máscara o tempo todo, Pedro Pascal consegue fazer de seu protagonista um personagem misterioso e honrado, deixando Bobba Fett no chinelo! Além de aprofundar a mitologia mandaloriana (e a dos próprios caçadores de recompensas), a série faz até o famigerado Holiday Special integrar o cânone, já que Mando usa uma arma idêntica à que Bobba Fett usou no desenho e cita o Dia da Vida, evento central da trama do programa! Com um início empolgante, a série tem um meio mais arrastado mas compensa no final, com uma season finale espetacular, com (quase) tudo o que a gente queria ver desde o primeiro episódio!
Com referências aos filmes, efeitos e fotografia dignas de cinema, competentes cenas de ação e personagens bem construídos, THE MANDALORIAN cumpre o que promete (e dá até mais), fechando 2019 como o melhor produto Star Wars em anos (pronto, falei!)...

FELIZ 2020 E QUE A FORÇA ESTEJA COM VOCÊS!
ATÉ A PRÓXIMA!


quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

STAR WARS IX - A ASCENSÃO SKYWALKER - Crítica

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Finalmente, o Episódio IX de STAR WARS, A Ascensão Skywalker, estreou no Brasil, e é claro que eu tive que conferir na estréia. Assim, precisamente às 00:01 do dia 19/12/2019, eu e meu filho (meu padawan) fomos assistir ao último capítulo da nova trilogia  do maior épico espacial do cinema.
Após dirigir O Despertar da Força, o diretor J.J.Abrams cedeu a condução de Os Últimos Jedi para Rian Johnson. Embora tenha sido considerado uma cópia de Uma Nova Esperança, O Despertar da Força foi um grande sucesso, mas Os Últimos Jedi dividiu a crítica e o público, levando Abrams a retomar a cadeira de diretor na conclusão da saga dos Skywalker. A tarefa não era fácil: além de concluir satisfatoriamente a maior saga do cinema, Abrams tinha que desfazer o gosto amargo que o capítulo anterior deixou em parte do público e incluir tudo que funcionou não apenas nos dois capítulos anteriores, mas também de todos os filmes da saga. Será que conseguiu? Não se preocupem, a crítica será sem spoilers...

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Como nos filmes anteriores, o filme acompanha os arcos dos três heróis principais, Rey (Daisy Ridley), Finn (John Boyega) e Poe (Oscar Isaac), e do vilão Kylo Ren (Adam Driver), além das participações de personagens clássicos, como Leia (última participação de Carrie Fischer, que morreu em 2016 mas já tinha gravado a maior parte de suas cenas), Chewbacca (Joonas Suotano), C3PO (Anthony Daniels) e Lando (Billy De Williams, em sua primeira participação na nova trilogia).
Enquanto Rey treina para enfrentar Kylo Ren, agora o novo líder supremo da Primeira Ordem, Finn e Poe continuam na missões a favor da resistência, agora reduzida a poucos, mas ainda liderada por Leia, que assumiu o papel de Mestre no treinamento de Rey. O grande obstáculo agora é a misteriosa volta do Imperador Palpatine, que move toda a trama de A Ascensão Skywalker.
 
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A trilha sonora e os efeitos especiais como sempre estão excelentes, mas o filme apresenta alguns problemas, como o pouco aprofundamento nos arcos de Finn e Poe, embora ambos ganhem contrapartes femininas e funcionem como alívios cômicos. Alguns personagens são desperdiçados, como Chewbacca, que não tem muito o que fazer no filme, e C3PO, que tem um grande e emocionante momento mas que é esvaziado logo depois. Como sempre, nos é apresentado um novo e adorável robô, o pequenino D-O, mas que tem pouca utilidade na trama, a não ser a previsível venda de bonecos e pecinhas Lego.

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Rey e Kylo têm o arco mais desenvolvido e a dinâmica entre eles, revelada no filme anterior, rende boas cenas aqui. Seus destinos têm conclusões satisfatórias, com direito a emocionantes participações dos personagens clássicos. 

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No saldo final, J.J.Abrams consegue dar um final digno aos Skywalker e entrega um espetáculo épico e visual condizente com a maior saga do cinema, mas definitivamente não tem o peso do legado da trilogia clássica. Se eu gostei? Ué, é STAR WARS, é claro que eu gostei!! Mas acho que vai dividir as opiniões mais que OS ÚLTIMOS JEDI... 

Por hoje é só! Até a Próxima! Que a Força esteja com você!